Pesquisas Organizacionais

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Responsabilidade Pelo Clima

Outra questão polêmica: deve a Pesquisa de Clima ser corporativa e de responsabilidade do RH? Entendemos que não. O entendimento e gerenciamento do Clima Organizacional devem ser feitos pelo gestor de cada equipe, de forma descentralizada. Gerenciar Clima é gerenciar equipes.

Esses comentários visam mostrar que mesmo na área de Clima Organizacional, temos uma gama de aspectos filosóficos e operacionais que não são discutidos ou revisados, nos levando a uma alta passividade metodológica e ao não aproveitamento desse tipo de Pesquisa.

Prática da Visão

Eis um tema extremamente importante para Pesquisas Organizacionais periódicas, mas raramente trabalhado. Na medida em que aceitamos a importância de KPI´s de Processo e Resultado como fundamentais para o monitoramento estratégico do desempenho da empresa, a mensuração da percepção dos principais públicos-alvo (stakeholders) em relação ao alinhamento da empresa com sua Visão de Futuro é extremamente crítica.

A velocidade com que a empresa busca a concretização da Visão, a forma como o faz, o nível de retorno que agrega aos públicos conforme percebidos, são aspectos dessa análise.

De fato, é importante constatar que uma Visão de Futuro deve ser capaz de gerar mais valor que apenas se transformar numa declaração de intenções futurísticas, cuja interpretação efetiva termina, constantemente, sendo esquecida com o passar dos anos e ausência dos criadores da Visão.

Entendemos que a análise anual da Prática da Visão é um exercício gratificante, que agrada aos participantes (que terminam tendo uma oportunidade anual para se manifestarem), traz mensurabilidade para o monitoramento estratégico, aumenta a transparência da gestão. E com um custo relativo muito baixo.

Prática dos Valores

Eis um tema complexo. No entanto, abrindo mão de uma reflexão sobre seus aspectos éticos ou mais profundos, podemos nos limitar a entender Valores como os Comportamentos Corporativos que precisam ser praticados pela força de trabalho.

Esses comportamentos, por sua vez, dão sustentação ao desempenho necessário à implantação e execução da Estratégia de Negócios. A finalidade da Cultura é dar suporte à Estratégia de Negócios.

Tal como no caso de uma nação, onde o idioma é fator estratégico de integração nacional, a Cultura Organizacional, descrita nos Valores, é um importante fator de coesão e mobilização.

Enquanto dimensão comportamental, alcançar um alto alinhamento entre a mesma e a Estratégia é fundamental para assegurar a consecução dos níveis necessários de desempenho, só alcançáveis se houver competência, disposição e recursos.

Há uma nítida correlação entre a prática dos Valores e a qualidade do Desempenho Empresarial nem sempre percebida, avaliada ou gerenciada corretamente pelos seus responsáveis.

Medir a prática dos Valores é como uma Pesquisa Ambiental. Ela pode antecipar fatos e situações, facilitando a tomada de decisões estratégicas ou mesmo operacionais.

Podemos medir a prática dos Valores, numa visão simplificada operacional, de duas formas:

1ª – Perguntar às pessoas como veem essa prática (medindo percepções), ou;

2ª – Avaliar essa prática com instrumentos do tipo 360 Graus (que também medem percepções apenas).

A combinação de múltiplas avaliações (superiores, colegas e subordinados) que ocorre na (2ª) opção tende a tornar este método mais autêntico.

No entanto, uma Pesquisa da Prática de Valores, na (1ª) opção, pressupõe uma escala de avaliação diferentes das práticas de mercado.

Devemos questionar duas vertentes: como me vejo praticando e como vejo os demais? Isso nos obriga, por sua vez, a definir com mais clareza o que é Praticar.

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