Em muitos casos, mesmo processos educacionais de natureza comportamental estão sendo realizados à distância, sem contato presencial, independente do que prescrevem os especialistas e textos sobre o assunto.
É o conflito, segundo o célebre Barão de Rothschild , entre “ideias” e “capital”, ao lembrar, segundo ele, que o capital é mais “eterno”, enquanto ideias são passageiras.
Nesse contexto de busca de soluções de menor custo e mais rápidas, a necessidade de transferir rapidamente para as pessoas essa carga informacional, para que assimilem as informações e conhecimentos e melhorem seus desempenhos, termina priorizando os processos de transferência de conteúdos, e relegando a um segundo plano (quando não por completo), as demais variáveis que se fazem necessárias para que haja, de fato, a tal mudança de comportamento e, como decorrência lógica, a melhoria de desempenho pretendida.
Com isso, temos menores retornos sobre nossos investimentos, processos educacionais de menor qualidade e efetividade, uma relação mais vulnerável entre a pessoa que aprende e o que aprende (pela incompatibilidade de forma e meios) e a perda de uma importante oportunidade para produzir melhores desempenhos.
No nível estratégico e empresarial, para podermos falar de Aprendizagem, precisamos brevemente rever o posicionamento da ação educacional dentro do quadro mais amplo da gestão do fator humano.
Entendemos, nesse caso, que a finalidade da gestão do fator humano é disponibilizar um nível de competitividade humana que dê suporte à estratégia de negócios da organização.
Nessa definição, a Competitividade Humana é produto da Competência (Adequação Homem-Cargo) otimizado pelo Nível de Envolvimento Positivo. Quanto maior o nível de motivação da pessoa, acreditamos que melhor utilizará sua competência.
Embora o foco pragmático esteja na qualificação do indivíduo ou equipe para desempenho de suas atribuições, será na qualidade da gestão do envolvimento que conseguiremos o maior diferencial competitivo, com a melhor relação custo-benefício.