Fase IV – Fazer
Se forem criadas as condições adequadas para uma pessoa, ou grupo, entender, querer e aprender, a aplicação do conhecimento, devidamente estimulada pela pré-disposição do indivíduo, tenderá a ocorrer de forma praticamente autônoma. À medida que entendermos que a verdadeira aprendizagem ocorre quando o conhecimento adquirido é efetivamente aplicado, reconheceremos que pré-testes e pós-testes não permitem a avaliação de aprendizagem e sim o nível de assimilação informacional ocorrido com o processo de transferência das informações.
Nesse sentido, recomendamos que a aprendizagem efetiva seja mensurada através de avaliações do tipo 360 graus, ou, no mínimo, por avaliações pós 90, 120 ou 180 dias, questionando a mudança efetiva de hábitos, processos de trabalho ou resultados visados pelo processo educacional ou de treinamento.
Se trabalharmos com os conceitos de Robert Mager, famoso na década de ’70 pelos seus trabalhos na área de construção de objetivos instrucionais e análise de desempenhos, perceberemos que muitos dos desvios negativos de desempenho, a nossa volta, não são ou sinalizam falta de treinamento, mas sim a falta das condições ambientais adequadas, cuja ausência interfere no desempenho.
Há, hoje, um excesso de “gaps” de desempenho que não têm na dimensão educacional uma resposta adequada, mas sim na qualidade da orientação, dos recursos, da disposição ou mesmo do ambiente de trabalho.
A aplicação de soluções educacionais a desvios que não são de natureza educacional leva a um crescimento do nível de ceticismo em relação à efetividade de cursos, programas ou outras formas de melhoria.
A visualização e análise sistêmica das diversas fases do processo, embora mais trabalhosa, tenderá a permitir economia de investimentos, ações educacionais mais realistas e eficazes, melhoria dos níveis de pré-disposição e de desempenho efetivo.
Concluindo o processo, ao fazer, o ser humano entende e aprende mais, realimentando o ciclo de aprendizagem.
