Managing Oneself

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Foi eleito para o quadro da escola com a idade de 40 anos. Com 50, quando já tinha acumulado uma fortuna, ele começou seu próprio negócio, construir e dirigir escolas modelo. Contudo, ele ainda está trabalhando praticamente tempo integral como conselheiro líder em uma companhia que ajudou a fundar como jovem advogado.

Existe outra razão para desenvolver um segundo interesse maior e para desenvolvê-lo cedo. Ninguém pode esperar viver muito tempo sem experimentar um sério revés em sua vida profissional. Existe o engenheiro competente que passa para ser promovido com a idade de 45 anos. Existe uma professora de faculdade competente que entende com a idade de 42 anos que nunca chegará a ser professora de uma grande universidade, mesmo sendo bastante qualificada para isso. Existem tragédias na vida de uma família: a ruptura de um casamento ou a perda de um filho. Em tempos como esses, um segundo interesse maior – não apenas um hobby – pode fazer toda a diferença.

Por exemplo, o engenheiro agora sabe que não foi muito bem sucedido em seu trabalho. Mas em sua outra atividade – como tesoureiro da igreja, por exemplo – ele é um sucesso. A família de alguém pode se desfazer, mas naquela outra atividade ainda existe uma comunidade.

Em uma sociedade na qual o sucesso tornou-se terrivelmente importante, ter outras opções será cada vez mais vital. Historicamente não havia essa coisa como o “sucesso.” A esmagadora maioria de pessoas não esperava nada além de permanecer em sua “própria estação”, como diz uma velha oração inglesa. A única mobilidade era movimentar-se para baixo na própria mobilidade.

Contudo, em uma sociedade do conhecimento, nós esperamos que todos sejam um sucesso. Isto é claramente uma impossibilidade. Para a grande maioria de pessoas, existe, na melhor das hipóteses uma ausência de fracasso. Sempre que há um sucesso, tem de haver um fracasso. E então é vitalmente importante para o indivíduo, e igualmente importante para a família do indivíduo, ter uma área onde ele ou ela possa contribuir, fazer a diferença e ser alguém. Isto quer dizer encontrar uma segunda área – seja uma segunda carreira, uma carreira paralela ou um negócio social – que ofereça uma oportunidade de ser um líder, de ser respeitado, de ser um sucesso.

O desafio de gerenciar a si mesmo pode parecer óbvio, se não elementar. E as respostas podem parecer autoevidentes ao ponto de parecer ingênuas. Porém gerenciar a si mesmo requer do indivíduo, e especialmente dos trabalhadores do conhecimento, coisas novas e sem precedentes. Na verdade, gerenciar a si mesmo exige que cada trabalhador do conhecimento pense e aja como um CEO. Além disso, a mudança de trabalhadores manuais, que faziam conforme eram mandados, para trabalhadores do conhecimento que têm de lidar consigo mesmos, desafia profundamente a estrutura social. Cada sociedade existente, mesmo aquelas mais individualistas, têm duas coisas como certas, mesmo que inconscientemente: que organizações sobrevivem aos trabalhadores e que a maioria das pessoas permanece fixa.

Contudo, hoje o oposto é verdadeiro. Os trabalhadores do conhecimento sobrevivem às organizações e são móveis. A necessidade de gerenciar a si mesmo está, dessa forma, criando uma revolução nas questões humanas.

Autor: Peter F. Drucker é Professor Marie Clarke de Ciências Sociais e Administração em Claremont Graduate University, em Claremont, California. 

Este Artigo é um trecho de livro Management Challenges for the 21st Century - Desafios para a Administração no Século 21 (HarperCollins, Maio 1999).
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