Hoje, a maioria das pessoas trabalha com outras que têm diferentes habilidades e responsabilidades. A vice-presidente de marketing pode ter vindo das vendas e saber tudo sobre vendas, mas não sabe nada a respeito das coisas que nunca fez – colocar preços, fazer propaganda, empacotamento e coisas do gênero. Então, as pessoas que fazem estas coisas têm de assegurar-se de que a vice-presidente de marketing entende o que elas estão tentando fazer, porque estão tentando fazer isso, como vão fazer isso e que resultados esperam.
Se a vice-presidente de marketing não entende o que esses especialistas do conhecimento altamente qualificados estão fazendo, é principalmente falta deles e não dela. Eles não a educaram. De forma inversa, é responsabilidade da vice-presidente de marketing assegurar-se de que todos os seus colegas de trabalho compreendem como ela vê o marketing: quais são suas metas, como ela trabalha e o que espera de si mesma e de cada um deles.
Mesmo as pessoas que compreendem a importância de assumir a responsabilidade por relacionamentos normalmente não se comunicam suficientemente com seus associados. Elas têm medo de serem vistas como arrogantes ou curiosas ou idiotas. Elas estão erradas. Sempre que alguém se dirige a seus colegas e diz, “Eu sou boa nisso. Eu trabalho dessa maneira. Estes são meus valores. Esta é a contribuição na qual vou me concentrar e esses os resultados que espero obter,” a resposta é sempre, “Isto vai ajudar muito. Mas, por que não me disse isso antes?” E as pessoas obtém a mesma reação – sem exceção, em minha experiência – se alguém continua perguntando “E o que preciso saber a respeito de seus pontos fortes, como você perform, seus valores e sua proposta de contribuição?”
Na verdade, os trabalhadores do conhecimento devem solicitar isto de todos aqueles com quem eles trabalham, seja como subordinado, superior, colega ou membro do time. E, de novo, sempre que isto é feito, a reação é sempre, “Obrigada por me perguntar. Mas por que não me perguntou antes?”
Organizações não são mais construídas sobre força mas sobre confiança. A existência de confiança entre as pessoas não quer dizer que elas gostam uma da outra. Quer dizer que entendem umas às outras. Assumir a responsabilidade por relacionamentos é absolutamente necessário. É um dever. Seja ele um membro da organização, um consultor dela, um fornecedor ou um distribuidor, ele deve essa responsabilidade a todos que trabalham com ele: aqueles de cujo trabalho ele depende, bem como aqueles que dependem do seu trabalho.
A Segunda Metade da Sua Vida
Quando o trabalho para a maioria das pessoa significava trabalho manual, não havia necessidade de se preocupar com a segunda metade de sua vida. Você simplesmente continuava a fazer o que sempre fez. E se tivesse sorte o bastante para sobreviver 40 aos de trabalho no moinho ou na estrada de ferro, você ficaria bem feliz em passar o resto de sua vida fazendo nada. Todavia, hoje a maioria do trabalho é trabalho de conhecimento e trabalhadores do conhecimento não estão “acabados” depois de 40 anos no emprego, eles estão simplesmente entediados.
Nós ouvimos muita coisa a respeito da crise da metade da vida do executivo. É mais tédio. Aos 45, a maioria dos executivos chega ao pico de suas carreiras e eles sabem disso. Depois de 20 aos fazendo praticamente a mesma coisa, eles são muito bons no que fazem. Porém não estão aprendendo ou contribuindo ou recebendo desafios e satisfação do emprego. Entretanto, eles provavelmente ainda enfrentam outros 20 se não 25 anos de trabalho. Daí porque gerenciar a si mesmo cada vez mais leva as pessoas a começarem uma segunda carreira.